terça-feira, 30 de março de 2010

Não sabia que era uma fora-de-lei...

Não dá para acreditar: nove meses a guiar sem carta. Não é bem sem carta, já que a carta existe - estava era caducada... há 8 meses!
E sabem porquê?
Porque eu sou distraída? Não!
Porque eu sou muito distraída? Não!
Simplesmente porque adoro receber cartas.
"Passou-se"... estão agora a pensar. Não passei nada, e é verdade, sim: deixei caducar a carta de condução porque adoro receber cartas, mas cartas de gente de quem gosto.
Ou seja, só gosto de receber cartas manuscritas, de preferência, e de pessoas que conheço e de quem gosto. Não gosto de cartas saídas de uma impressora. E, até agora, evitava muitas vezes abrir cartas dessas.
Pois é: por isso é que não abri uma carta do ACP, de Maio de 2009, que me avisava que a minha carta ia caducar em Agosto.
Só a vi na 5ª feira passada, porque me obriguei a "limpar" uma data de cartas daquelas de que não gosto - bancos, seguros e quejandos - que já quase enchiam uma gaveta da cómoda da sala, quase todas dentro dos respectivos envelopes ainda muito bem coladinhos.
Fiquei em estado de choque... e se tivesse sido "apanhada"? Deve ser uma multa jeitosa!
Passei a andar a pé e de metro, enquanto tratava de arranjar uma consulta para conseguir o atestado médico que é preciso para a renovação da carta, e aproveitei também para fazer dieta, já que o Verão agora já se consegue adivinhar apesar do frio que ainda está.
Bebo para aí 3 litros de água por dia - acho que se me picar vou deitar água em vez de sangue, e doem-me as pernas do que tenho andado.
Hoje fui a um médico que me passou o atestado sem sequer saber se sou completamente maluca da cabeça ou se não vejo um palmo à frente do nariz e, ao fim do dia, consegui a guia que substituirá a carta de condução.
Amanhã já posso ir trabalhar outra vez de carro, mas enquanto conseguir, vou continuar a ir de metro depois de uma caminhada de 20 minutos.
(Se, com esta brincadeira, não conseguir emagrecer que se veja, nem o susto me terá valido. E serei à mesma uma ex-fora-de-lei, mas uma ex-fora-de-lei com peso a mais.)
E, confesso, desde 5ª feira passada, dia em que encontrei a tal carta do ACP, qualquer envelope que caia dentro da minha caixa do correio, por mais desinteressante que me possa parecer, que caia dentro da minha caixa do correio, é aberto e o respectivo conteúdo cuidadosamente escrutinado. Nem mais uma conta da água por pagar, nunca mais!
Mas, vá lá, se alguém quiser mandar-me uma carta decente, envelope com bom aspecto, o meu nome escrito a tinta, de preferência tinta permanente (lembram-se?), numa letra bonita, com personalidade, prometo que essa será a primeira a ser aberta e nem é preciso prometer que, ao contrário de todas as outras, terei todo o prazer em lê-la.
Já não dá tempo para mandar cartas até à Páscoa e, além disso, os e-mails já servem para tudo, pelo que aproveito para desejar a todos (os muito poucos que aqui vêm) uma Santa Páscoa. Ah, e cuidado com as amêndoas: engordam e partem dentes!
Beijinhos

P.S. Não tarda nada, acabo também com este blog. Lembram-se do "Video killed the radio star"? Estou convencida de que muitos blogs estão a ser assassinados pelo Facebook. E acho mesmo que este é um dos próximos.

terça-feira, 2 de março de 2010

Está tudo doido, ou quê?

O que é que deu a esta gente, este ano, para terem aparecido aqui há tempo no Facebook a pedir aos amigos que votassem na canção da amiga, da prima, ou não sei de quem mais? Eu estranhei esse pedido, vindo de quem veio. Afinal, o assunto era o Festival da Canção, imagine-se! Uma coisa que essas pessoas também deviam achar, tal como eu, que já estaria morta e enterrada há séculos! Há para aí 30 anos que ninguém liga ao Festival, mas enfim...
Pronto, mas os cantores eram amigos ou da família, e a gente entusiasma-se, sei lá... E eu, que nunca mais me tinha lembrado daquela tentativa de "caça ao voto", de repente, há bocado, aterro em cheio no Festival da Canção, completamente por acaso.
E nem queria acreditar. Que mau... Gente desafinada ou sem voz, músicas pimbíssimas, algumas, Lisboa cantada em rumba, enfim, (ou)vi de tudo um pouco.
O que não ouvi foi uma única canção decente, garanto. Nem uminha só. E parece que´daqui a dois dias vai haver outra tranche disto, com outras tantas canções, para completar os finalistas que irão à final, ou lá o que é.
Se for do mesmo nível, só espero que não me aconteça o mesmo que hoje, ou então, se estiver em casa, que nem ligue a televisão. Ou, se ligar, que não saiba onde raio se meteu o comando, para nem poder fazer zapping.